Os números divulgados nesta quinta-feira (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, mostram que o nível de ocupação em Pernambuco no primeiro trimestre de 2021 permanece estável, quando comparado ao quarto trimestre de 2020. De acordo com os dados, cerca de 3,2 milhões de pessoas, ou 41% da população em idade de trabalhar está ocupada contra 40,9% dos três meses anteriores. Praticamente não houve variação. Esse número reflete tanto o de pessoas que estão no mercado de trabalho com carteira assinada como o de profissionais que trabalham por conta própria. A média de ocupação no Nordeste, considerada baixa em relação a outras regiões brasileiras, é de 40,9% neste período avaliado. O nível de ocupação no Estado, nos primeiros meses de 2020, foi de 44,4%.

A taxa de desocupação em Pernambuco neste primeiro trimestre de 2021 é de 21,3% contra 14,5% do último trimestre de 2020 (outubro, novembro e dezembro), uma variação de 6,8 pontos percentuais. O índice é semelhante ao da Bahia. Cinco estados nordestinos também tiveram crescimento na taxa de desocupação. Além de Pernambuco e Bahia, Sergipe, Alagoas e Ceará também foram os mais prejudicados com a pandemia. Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí ficaram com taxas estáveis.

O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência em Pernambuco é de R$ 1.845, permanecendo estável. É o segundo melhor do Nordeste. O primeiro lugar do ranking é o Rio Grande do Norte, com R$ 1.908.

No Nordeste, contudo, houve acréscimo de 370 mil pessoas desocupadas, totalizando, agora, 4,4 milhões de pessoas à procura de emprego.

Em Pernambuco, há estimados em 876 mil empregados com carteira assinada no setor privado, variou em -164 mil pessoas, ( -15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior). Todavia, não houve variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro). O estoque de pessoas ocupadas no setor privado sem carteira de trabalho é de 479 mil pessoas, variou em -70 mil pessoas, ( -12,8% em relação ao mesmo período do ano anterior). Contudo, não houve variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre anterior.

INFORMALIDADE

A taxa de informalidade foi estimada em 53,3% no Nordeste contra 39,6% da média do Brasil. Em Pernambuco, os números de informalidade neste primeiro trimestre são de 51,3%, abaixo da média nordestina. Os demais estados da região apresentaram os seguintes resultados em relação a trabalhadores que atuam de maneira informal: Maranhão (61,6%), Piauí (56,6%), Ceará (53,9%), Bahia (53,8%). Sergipe (53,6%), Paraíba (51,3%). Rio Grande do Norte e Alagoas tiveram índices de informalidade melhores, com 47,9% e 46,5%.

Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, o Nordeste historicamente enfrenta mais dificuldades que outras regiões, semelhante ao Norte do País, porque depende mais do turismo, da cana-de-açúcar, do comércio e dos serviços, o que foi bastante impactado nesta pandemia. Ele ressaltou que, apesar das dificuldades, o índice de informalidade permaneceu estável, e tanto o Governo do Estado como a iniciativa privada e as prefeituras estão se esforçando para gerar empregos e fortalecer os arranjos produtivos de cada região.

QUALIFICAÇÃO

A Secretaria do Trabalho estadual, por exemplo, tem cerca de 10 projetos de qualificação para tocar este ano, além de parcerias com os municípios para abrir as Centrais de Oportunidade de Pernambuco, equipamentos que beneficiam trabalhadores e empreendedores e geram renda.

As qualificações presenciais, que favorecem às pessoas mais vulneráveis, precisam mudar constantemente a programação em virtude da pandemia, mas a equipe da SETEQ tem se esforçado para conviver com o coronavírus e levar a capacitação de maneira mais lenta, porém constante à população, o que vai facilitar a independência financeira de muitos pernambucanos.

BRASIL

No Brasil, o nível da população ocupada ficou estável, mas a ocupação reduziu e está abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio de 2020. A informalidade fica estável (39,6%), com 34 milhões de pessoas. Já o contingente de pessoas subutilizadas chegou a 33,2 milhões e atinge recorde da série. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, sete grupos de atividade perderam pessoal ocupado, com crescimento somente na agricultura, pecuária e produção florestal.

 

Foto: Agência Brasil.

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